Varíola dos Macacos: Brasil registra 17 casos, 11 deles em São Paulo

Riselda Morais

Varíola do macaco

Reprodução

Infectologista do Hcor explica como prevenir a contaminação pela “Varíola dos Macacos”

       Nesta sexta-feira, (24/06), o Ministério da Saúde informou que subiu para 17 o número de casos da Varíola dos Macacos registrados no Brasil.
     Dos 17 casos confirmados em território nacional, onze pacientes foram diagnosticados em São Paulo, quatro no Rio de Janeiro e dois no Rio Grande do Sul.

    Entre estes, 5 casos são autóctones, isto significa que a transmissão da doença foi local, sendo 3 em São Paulo e 2 no Rio de Janeiro.

   Em todos os casos, segundo o Ministério da Saúde, foram realizados o isolamento dos pacientes e o rastreamento das pessoas que com eles, tiveram contato.
    Ainda de acordo com o MS, dez casos suspeitos da doença estão sendo investigados, sendo, quatro no Rio de Janeiro, dois no Ceará, dois no Rio Grande do Sul, um em Santa Catarina e um no Acre.

     O primeiro caso no Brasil foi confirmado em São Paulo dia 9 de junho, no entanto, depois de 14 dias internado em isolamento no Hospital Emílio Ribas, ontem o paciente Anderson Ribeiro recebeu alta.

Como prevenir o contágio

      Diante do aumento no número de casos da “Varíola dos Macacos” confirmados no Brasil, é importante estarmos cientes sobre as formas de prevenir o contágio.
    De acordo com o Dr. Ingvar Ludwig, infectologista do Hcor, a transmissão para humanos pode ocorrer por:
    Contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou membranas mucosas de animais infectados;
    Contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou, de forma menos importante, no contato com objetos recentemente contaminados;
   Relação sexual (diante do maior contato íntimo com eventuais lesões cutâneas infecciosas);
   Via gotículas respiratórias, usualmente por contato mais próximo com a pessoa infectada;
    Via placentária (da gestante para o bebê).
      O infectologista explica que o período médio de incubação é de 6 a 13 dias, podendo variar de 5 a 21 e a transmissão a partir de um indivíduo infectado pode ser longa: entre 2 e 4 semanas, sobretudo na presença de lesões ativas. “Os principais sintomas são: febre, mialgia, fadiga, cefaleia, astenia (diminuição da força física), dor nas costas e linfadenopatia (aumento gânglios, tecidos próprios do sistema imunológico). Três dias após o início das manifestações, a pessoa apresenta erupção cutânea, que se espalha rapidamente para outras partes do corpo, a partir da lesão inicial. De maneira geral, o prognóstico é bom e o cuidado habitual das lesões é o tratamento para os casos, não havendo terapia específica”, esclarece o Dr. Ludwig.

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