Com as férias de fim de ano, as baladas “bombam” em todo o Brasil. Para aguentar a noite inteira de festa, as bebidas energética sganharam espaço, prometendo conceder grandes quantidades de empolgação e energia para quem as consome. No entanto, de acordo com especialistas da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), o produto é uma grande cilada para o organismo.

    O presidente da entidade, Dr. José Francisco Kerr Saraiva, explica que uma latinha já ace-lera os batimentos cardíacos, independentemente de fatores de risco como obesidade, diabetes, sedentarismo e estresse. “O energético estimula receptores responsáveis pela vasodilatação coronária e periférica, podendo gerar problemas cardiovasculares até em jovens”, afirma.

   Cardiologista especialista em Medicina Esportiva, Dr. Nabil Ghorayeb destaca que os energéticos são, na verdade, um concentrado de cafeína e taurina em bebida adocicada. “Na teoria, eles oferecem mais energia, mas a única consequência após a ingestão é a redução da sonolência”, diz o especialista.
Ambos concordam que o principal risco é quando se mistura o produto com bebidas alcoólicas, como vodka e gim. “Isso gera uma confusão no cérebro da pessoa, já que os desti-lados agem como soníferos, enquanto o energético é estimulante. O efeito principal é a taquicardia, extremamente desagradável, que pode gerar falta de ar e tontura, além de desmaios”, explica Dr. Ghorayeb.

   Segundo Dr. Saraiva, os energéticos, quando consumidos em excesso, também podem causar aumento de pressão arterial e arritmias, levando a casos mais sérios, como Infarto Agudo do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral.

   A bebida promete reduzir fadiga e melhorar o estado de vigília, possibilitando horas de atividades e, por isso, é comumente utilizada em baladas.
Além dos problemas cardiovasculares já expostos, os energéticos podem gerar nervosismo, desidratação, insônia e tremores. No rótulo, deve constar a informação que a mistura com bebidas alcoólicas não é recomendada, já que também pode mascarar a embriaguez.

By Riselda Morais

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