Sua fonte segura de informação

Saúde

Curta no fecebook Facebook

Siga no twitter Twitter

Leia na íntegra em flash

 

Secretário da Segurança de SP pede revisão de lei sobre menor infrator

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, defendeu no sábado (27/04) a revisão da legislação referente aos menores infratores durante entrevista sobre a prisão do trio suspeito de matar a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos em São Bernardo do Campo, na quinta-feira (25/04). “Foi mais um caso de morte com participação de adolescentes.
A afirmação de Grella acontece poucos dias após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) apresentar ao Congresso um projeto que propõe mudar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para que o menor infrator possa receber penas de até oito anos, e não apenas três.
Além disso, o projeto de Alckmin quer alterar o Código Penal para que adultos sejam punidos de forma mais rigorosa se praticarem corrupção de menores. Grella citou o projeto de Alckmin e defendeu que a sociedade também precisa debater o Código de Processo Penal em vigência no país. O projeto apresentado por Alckmin ao Congresso em 15 de abril chegou a Brasília seis dias após o assassinato do estudante Victor Hugo Deppman em uma tentativa de assalto em São Paulo. O texto tem vários pontos iguais aos dois projetos feitos pelo governador em 2003, poucos dias depois da morte da jovem Liana Friedenbach e do então namorado Felipe Caffé, assassinados pelo adolescente conhecido como Champinha. Os projetos, à época apresentados ao presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT), tramitaram durante anos e acabaram arquivados pelo Legislativo federal.
A defesa do novo projeto feita por Grella foi reforçada também pela diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Elisabete Sato.
Para o ex-secretário-geral do Conselho Estadual da Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Ariel de Castro Alves, as mudanças propostas ferem não somente os direitos da criança e do adolescente como a própria Constituição. “Oito anos de internação representa a metade da vida de um jovem de 16 anos, e isso pode ferir o princípio constitucional da brevidade da medida socioeducativa de internação”, afirmou Alves.
Sobre a redução da maioridade penal, ele afirma que se trata de medida ilusória. “O que inibe o criminoso não é o tamanho da pena e sim a certeza de punição. No Brasil existe a certeza de impunidade já que apenas 8% dos homicídios são esclarecidos. Precisamos de reestruturação das policias brasileiras e melhoria na atuação e estruturação do Judiciário”, defende.

Todas as notícias

 

ATENÇÃO: Melhor visualização em resolução de 1024x768

© 2013 Riselda Morais