Nada melhor do que aproveitar o sol durante o verão. No entanto, essa época do ano demanda cuidados redobrados com a pele, já que a exposição excessiva aos raios solares pode causar diversos problemas dermatológicos. “Embora possam ser bastante graves, as doenças de pele causadas pelo excesso de exposição ao sol podem ser evitados por meio de medidas simples”, afirma o Dr. Jardis Volpe, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Conheça os 7 problemas de pele mais comuns no verão e saiba como evitá-los:
Acne:
A acne solar geralmente atinge áreas como o rosto, pescoço, ombros, tórax e costas. As erupções resultantes da acne solar costumam surgir alguns dias após a exposição intensa dessas regiões ao sol. “A exposição solar sem fotoproteção resseca bastante a pele, mas logo depois vem o efeito rebote, resultando na produção de sebo em excesso como tentativa de reidratá-la”, afirma o dermatologista. “Outro fator que pode causar a intensificação da acne solar no verão, além da exposição à radiação, é que acabamos passando mais tempo em piscinas e no mar. A água clorada e a água salgada também contribuem para o ressecamento da pele, aumentam a produção de sebo e agravam os quadros de oleosidade. Por isso, além da proteção solar, é importante tomar uma ducha de água doce e hidratar a pele após sair da praia ou da piscina”, completa.
Pele seca e irritada:
O ar quente e úmido, além do sol, piscina, mar e ar condicionado podem deixar a pele seca e irritada.
O Dr. Jardis recomenda a utilização de hidratantes poderosos com ácido hialurônico e o fotoprotetor de amplo espectro, com FPS 30 (no mínimo) e resistente à água; além disso, é recomendável tomar banhos em água morna (não quente) e evitar sobrecarregar seu rosto com produtos desnecessários ou com várias camadas de maquiagem.
Foliculite:
Cada pelo do nosso corpo cresce em uma abertura chamada folículo. Quando os folículos infeccionam, ocorre a foliculite. Os folículos capilares infectados assemelham-se às espinhas, porém tendem a apresentar coceira e sensibilidade. “Para evitar o problema, procure esfoliar a pele três dias antes da depilação, pois isso remove as células mortas da derme e ajuda o processo depilatório, minimizando o risco de infecção. Em dias muito quentes e úmidos, utilize roupas leves e folgadas. Além disso, fique longe de piscinas e banheiras de hidromassagem se não tiver certeza que os níveis de ácido e cloro estão adequadamente controlados”, recomenda o Dr. Jardis.
Melasma:
“São manchas acastanhadas, planas e lisas, de causa desconhecida, que aparecem em áreas expostas ao sol, principalmente no rosto, mas que também podem acometer outras regiões do corpo.
Para evitar o aparecimento das manchas, seja em dias de exposição solar excessiva ou no dia a dia, é indispensável aplicar o protetor com um FPS de pelo menos 30 diariamente, principalmente nas regiões mais expostas do corpo, como o rosto e braços.”
Queimadura de sol:
A queimadura solar é o dano causado através da radiação ultravioleta (UV) que, geralmente, aparece dentro de poucas horas após exposição excessiva à luz solar ou de origem artificial (como câmaras de bronzeamento). Os sintomas imediatos são as queimaduras, variando do eritema (vermelhão) até a formação de bolhas. Em caso de febre, calafrios e dor de cabeça, procure imediatamente um médico, pois estes sinais podem indicar insolação. “Para evitar, utilize um fotoprotetor com FPS de 30, de modo que seja aplicado antes da exposição solar e reaplicado a cada duas horas. É necessário, além disso, reaplicar o produto sempre que houver excesso de suor, ou após o contato com a água”, afirma o Dr. Jardis, que ressalta que, no verão, o recomendado é evitar o sol do período entre às 10 e 16h.
Erupção de calor:
Ocorre quando as glândulas sudoríparas da pele são bloqueadas e o suor produzido não consegue evaporar. Isso causa uma inflamação que resulta em erupção. Os sintomas incluem inchaços vermelhos na pele e sensação de coceira. “A erupção de calor pode ser evitada vestindo-se roupas adequadas para dias quentes e úmidos, de preferência largas e leves. A utilização do ar condicionado e do ventilador também ajudam a prevenir o problema, pois fazem o ar circular”, afirma.
Alergia ao sol:
A alergia ao sol é uma reação exagerada do sistema imune aos raios solares que provoca uma reação inflamatória nas regiões mais expostas ao sol como braços, mãos, região do decote e rosto, causando sintomas como vermelhidão, coceira e bolinhas brancas ou avermelhadas na pele. Em casos mais graves e raros, essa reação pode até surgir na pele coberta pela roupa. “O diagnóstico da alergia, assim como a indicação do tratamento, deve ser feito por um dermatologista, através da observação dos sintomas e da avaliação do histórico do paciente”, finaliza o Dr. Jardis Volpe.
JARDIS VOLPE: Dermatologista; Formado pela Universidade de São Paulo (USP); Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia; Membro da Sociedade Americana de Laser, da SBD e da Academia Americana de Dermatologia; Pós-graduação em Dermatocosmiatria pela FMABC; Atualização em Laser pela Harvard Medical School.