Riselda Morais
Nesta sexta-feira (24/04), o Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou a rede nacional, a presença do vice-presidente Hamilton Mourão, de seu filho e deputado federal, Eduardo Bolsonaro e de seus atuais Ministros para fazer um pronunciamento, no Palácio do Planalto, cheio de respostas diretas e cheio de mágoas e alfinetadas ao ex-ministro Sergio Moro. “Eu sempre abri o coração para ele, eu já duvido se ele abriu o coração para mim”, queixou-se Bolsonaro durante o discurso.
Em outro momento falou sem citar o nome de Moro: “tem um compromisso consigo próprio, com seu ego e não com o Brasil. O que eu tenho ao meu lado, e sempre tive, foi o povo brasileiro. Hoje, essa pessoa vai buscar um maneira de botar uma cunha entre eu e o povo brasileiro.”
Bolsonaro afirmou que a exoneração do ex-diretor da Polícia Federal, Mauricio Valeixo, foi a pedido e negociada, mas não citou o fato da exoneração no Diário Oficial da União constar o nome de Moro sem ele ter assinado.
Bolsonaro citou situações pessoais, que dizem respeito a família dele e não perdeu a oportunidade de atacar imprensa. “Eu não conto com a isenção da imprensa por parte das matérias publicadas. Desde o começo, passou-se a falar que eu estava dificultando as operações contra a corrupção. […] eu estou lutando contra o sistema. Coisas que aconteciam no Brasil, quase não acontecem mais. E em grande parte pela minha coragem em indicar um time de ministros preocupados com o Brasil”, disse.
Em outro momento do pronunciamento, Bolsonaro acusou a Polícia Federal de se preocupar mais com o caso Marielle do que com o caso em que tomou a facada durante a campanha política a presidência. “Será que é interferir na Polícia Federal quase que exigir e implorar a Sergio Moro quem mandou matar Bolsonaro? A PF de Sergio Moro se preocupou muito mais com Marielle do que com quem resolveu me matar”, reclamou o presidente.