A arte e o desafio de conviver

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   Uma boa convivência é uma arte e também um grande desafio. A convivência ocorre no meio familiar, educacional, social, institucional, profissional, envolve habilidades, sentimentos, pensamentos, razões, emoções e principalmente inteligência para que tenhamos equilíbrio entre as afinidades, o diferente e os interesses comuns. Julgo importante ressaltar que para conseguirmos conviver bem com as outras pessoas, termos boa relação interpessoal, é muito importante que a relação intrapessoal, “com nós mesmos” esteja boa, pois quando uma pessoa se conhece bem, controla e administra bem suas emoções e sentimentos.

   Utilizamos a arte de conviver quando nos relacionamos bem com nossos desejos, angustias, sonhos, sentimentos e pensamentos, sejam eles, positivos ou negativos, agimos com inteligência intrapessoal e interpessoal, uma vez que é a partir do auto conhecimento que exteriorizamos, que nos relacionamos melhor com as pessoas, nos harmonizamos. 
   

 Na relação interpessoal  – com outras pessoas – interagimos com temperamentos, culturas, habilidades, personalidades, condutas similares e opostas a nossa, o que torna o convívio um desafio, logo precisamos da inteligência necessária para entendermos adequadamente temperamentos, humores, motivações e desejos das outras pessoas, assim chegamos aos resultados de harmonia, progressos, avanço ou a estagnações, alienamentos e agressões.

    A arte e o desafio de conviver as vezes nos deparamos com pessoas que tornam uma relação harmoniosa impossível de acontecer, os psicólogos costumam diagnosticar como sendo pessoa com “Transtornos Comportamentais“, com oscilações de humor, irritabilidade e predileção para a agressividade.
Se você disser: – Bom dia!. Ela te responderá: – Só se for para você!
Se disser: – Por favor, não deixe seu filho brincar com este objeto, vai acabar quebrando. Ela dirá: – Quem manda na educação de meu filho sou eu! E por ai vai!
Não há dúvida de que há indivíduos com severos problemas de relacionamento social, com acessos de cólera ou ira, em que momentaneamente a mente emocional sequestra a mente racional permitindo que o acesso raivoso chegue a altos níveis.
   

Acredito que dois dos princípios da boa convivência social são: primeiro renunciar a individualidade e segundo agir com bom senso.
   Se antes de ligar um som, com volume altíssimo, eu me colocar no lugar do vizinho do apartamento ao lado, perceberei que ele não conseguirá ouvir ao seu programa de TV favorito e nem falar ao telefone porque não tem como baixar o volume do meu som, logo eu o estou prejudicando.

       Uma vez que valorizo o outro, que respeito a mim mesma, ao meu próximo e as coisas, convivo melhor; não jogo em cima dos outros as minhas frustrações; entendo que o mundo não é como eu gostaria que fosse sem procurar culpados, mas buscando soluções; influencio positivamente o ambiente em que vivo e penso antes de falar, assim, trabalho e vivo melhor em comunidade.

Relacionar-se bem consigo e com o próximo, agir com simpatia, manter o bom humor, a postura, ser educada e estar aberta a diálogos é essencial para o bom convívio mesmo com as pessoas com quem temos incompatibilidade de gênios.

    Diferentes pessoas ouvem as mesmas palavras, vivem os mesmos fatos ou os mesmos acontecimentos e reagem diferente, porque cada uma delas entende e sente de forma pessoal e maneira diferente.

   Uma música pode ser agradável para um e insuportável para outro; um alimento é o prato preferido para um e rejeitado por outro; perder um objeto, um familiar, um amor pode causar diferentes sentimentos em diferentes pessoas, portanto, sejamos tolerantes em nossas relações, a visão do mundo de um não representa o “centro de tudo“, logo as definições de verdade e valores de um, não são a única maneira certa de sentir o mundo, saber conviver com as divergências sem levar para o pessoal e manter um diálogo aberto é uma boa forma de crescimento pessoal, afinal, na convivência, as verdades não são absolutas e sim relativas.

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