Mercado de entregas rápidas triplicou o número de formalização em apenas um ano
O setor de delivery e entrega rápida vive em constante crescimento, desde os tradicionais motoboys ao mercado de entregas expressas operadas em aplicativos para celular com UberEats, iFood, Rappi e Loggi. Levantamento realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de São Paulo mostra que a profissão de serviços de entregas rápidas está em terceiro lugar entre as mais exercidas pelos MEIs – microempreendedores individuais, somando mais de 24 mil profissionais cadastrados na capital paulista. De 2017 para 2018 houve um aumento de 165% no número de formalização neste setor.
“Somente em 2018 foram formalizados mais de 12 mil entregadores, metade do total, o que mostra que é uma atividade em ascenção em São Paulo devido ao surgimos de plataformas de entrega de comida e de produtos por aplicativo de celular”, explica a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso. “O momento econômico do país também faz com que as pessoas que estejam sem emprego formal atuem nesse setor até voltar à sua atividade profissional”, completa.
Este é o setor onde a diferença de gênero é a maior na cidade. Apenas 3% das pessoas que trabalham com serviços de entrega rápida são mulheres. O segundo setor com o maior número de homens em relação a mulheres é o de obras de alvenaria.
A atividade com o maior número de mulheres é o de serviços domésticos, seguido por fabricação de artigos do vestuário produzidos em malharias e tricotagens.
Na semana em que é comemorado os 10 anos do MEI, a cidade de São Paulo conta com mais de 660 mil empreendedores formalizados. A profissão com o maior número de MEIs atuando é a de cabeleireiro com 54,7 mil profissionais, seguido pelo comércio de roupas e acessórios com 42,7 mil trabalhadores.
Sobre o MEI
O MEI – Microempreendedor Individual – é aquele que trabalha por conta própria, tem registro de pequeno empresário e exerce umas das mais de 400 modalidades de serviços, comércio ou indústria. Em 19 de dezembro de 2008 foi criada a Lei Complementar 128, que teve como objetivo facilitar a abertura de empresas de pequeno porte em todo o país.
Deste total, 352.248 dos empreendedores são homens e 291.805 são mulheres. As principais atividades exercidas são as de cabeleireiro, comércio de roupas e acessórios e serviços de entrega rápida.
Em 2013, a Secretaria Especial do MEI foi integrada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, que se tornou responsável pelas ações voltadas aos microempreendedores da capital. Um ano antes da unificação, as unidades do CATe – Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo já incluíram o atendimento ao microempreendedor ao seu cardápio de serviços.
Nas unidades do CATe o munícipe pode utilizar diversos serviços gratuitamente, além de receber orientações sobre abertura de negócios e formalização. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho também oferece diversas atividades e capacitações para os empreendedores e microempreendedores de toda a cidade. As ações são desenvolvidas em conjunto com a Ade Sampa e entidades parceiras.