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19 nov 2024, ter

Se não tratado, descolamento de retina pode levar a cegueira irreversível

A doença é mais comum entre idosos e altos míopes, mas também atinge diabéticos e vítimas de traumas

Já pensou se pontos, como manchas escuras, mosquitos ou similares a teias de aranha começassem a aparecer no seu campo de visão? Esses e outros sintomas, como a visão de relâmpagos ou flashes podem indicar um problema de visão sério: o temido descolamento de retina.

   A doença é mais comum em pessoas com alta miopia, idosos, diabéticos e vítimas de trauma ocular, embora possa acometer qualquer pessoa, em qualquer época da vida. O oftalmologista Gláucio Bressanim, explica que a retina é uma fina película de tecido nervoso que reveste a parte interna do olho. “O problema surge, geralmente, quando há uma rotura ou rasgo na retina, o que permite a entrada de líquido do interior do olho, causando o descolamento. Uma outra causa seria a tração dessa retina, puxando-a e desprendendo-a, tipo mais comum no diabetes”.

    Os traumas oculares, principalmente os contusos (pancadas) causam uma deformação momentânea no olho, que pode levar a um rasgo na retina e seu consequente descolamento. “Os sintomas costumam ser a aparição de pequenos pontos escuros na visão, as chamadas moscas volantes, principalmente se forem recentes ou estiverem aumentando. Flashes, relâmpagos e manchas como se fossem uma cortina atrapalhando o campo visual também são sintomas importantes de um descolamento de retina”, destaca Bressanim.

    O tratamento, na maioria dos casos, é feito com cirurgia. “O descolamento de retina é considerado uma doença grave, que pode, inclusive, levar a cegueira irreversível, por isso, ao notar os sintomas o indicado é procurar imediatamente um auxílio médico. Além da região afetada da retina, o tempo decorrido entre o descolamento e o tratamento é muito importante para uma boa recuperação visual”, finaliza o oftalmologista.

Sobre Doutor Gláucio Bressanim

Gláucio Bressanim é graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde também fez residência entre 2004 e 2007. É especialista em inflamação intraocular (Uveíte) pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) e em Retina e Vítreo pela Universidade de São Paulo (USP). Atua no Instituto da Visão de Cascavel desde 2009 e desde 2011 atende também no Hospital da Visão de Toledo.

By Riselda Morais

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