9 jan 2025, qui

Praias impróprias para banho, superlotação, falta de água para consumo, virose e arrastão no litoral paulista

Com 38 praias impróprias para banho e falta de serviços adequados de coleta e tratamento de esgoto, problemas se tornaram o apagão do litoral paulista e preocupam hotéis, bares, restaurantes

 Por: Riselda Morais

   O impacto negativo está sendo sentido pelo setor econômico e turístico das cidades litorâneas paulistas. Quem aguardou durante todo o ano para passar férias e se divertir na virada de ano no litoral paulista tem enfrentado falta de água para consumo diário, praias impróprias para banho, uma onda de virose e outra de arrastões, além de superlotação. Os restaurantes, bares e hotéis estão tendo suas reservas cancelas e a sucessão de problemas em efeito dominó como falta de água, prontos socorros superlotados e a insegurança já está sendo considerada o apagão do litoral paulista.

   Praias comprometidas devido a ausência de serviços adequados de coleta de tratamento de esgoto estão em evidência nesta temporada, impróprias para banho e comprometendo a saúde de moradores e turistas. O problema se agrava em temporadas, com a superlotação, quando aumenta o consumo de água, aumenta a quantidade de lixo produzido, o volume das chuvas, agravando o problema da contaminação e contribuindo para a propagação das doenças.

   Segundo o Mapa de Qualidade das Praias realizado pela Cetesb, neste início da alta temporada, 38 praias estão impróprias para banho.
As cidades com maior número de praias impróprias, com bandeira vermelha entre o dia 2 e esta quarta-feira (8/1) são Santos (7), São Sebastião (7) e Praia Grande (6).

  •   Em Santos estão comprometidas as praias Embaré, Ponta da Praia, Aparecida, Boqueirão, Gonzaga e as duas José Menino.
  •   Em São Sebastião estão impróprias as praias, Deserta, Porto Grande, Preta do Norte, Pontal da Cruz, Arrastão, São Francisco e Cigarras.
  •    Em Praia Grande são Aviação, Vila Tupi, Vila Mirim, Maracanã, Real, Balneário Flórida.

  Também têm praias impróprias:

  • Ubatuba, Itaguá, Lázaro;
  • Caraguatatuba, Prainha;
  • Ilhabela, Itaquanduba, Itaguaçu, Portinho, Feiticeira, Praia do Julião;
  • Guarujá, Perequê, Enseada.
  • São Vicente, Milionários, Gonzaguinha;
  • Mongaguá, Central, Vera Cruz, Santa Eugênia;
  • Itanhaém, Sonho, Balneário Jardim Regina.

    Das 175 praias paulistas monitoradas pela Cetesb, nesse início de janeiro, 137 estão próprias e 38 impróprias.

Arrastão

   Os arrastões no Guarujá têm acontecido com certa frequência, mas assusta a todos as cenas de terror vividas durante a festa de réveillon na Praia das Pitangueiras, a faixa de areia foi marcada por correria na madrugada da quarta-feira, (1º) quando bandidos fizeram um violento arrastão, espancando, ameaçando e levando os pertences das pessoas. Foi um dos mais violentos, porém não o primeiro.

   Também no Guarujá, em plena tarde de segunda-feira, 11 de novembro, um grupo de cinco bandidos aproveitou o trânsito parado na Rodovia Cônego Domênico Rangoni para fazer um arrastão levando celulares, joias, carteiras e bolsas das pessoas, chegando a abrir as portas dos automóveis. Os grupos atacam nas praias, nas ruas e nas residências, em plena luz do dia.

   Na Praia Grande os arrastões são um problema recorrente, há anos criminosos em grupo, levam pertences de moradores e turistas.
Com 52 setores da economia sendo impactados negativamente e provocando prejuízos ao turismo nas cidades litorâneas, com relatos de cancelamento de reservas dos Hotéis, Bares e Restaurantes e com receio que a situação piore; a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) pediu em documento protocolado nesta terça-feira (7/1), ao Governador Tarcísio de Freitas providências nas áreas Sanitárias, Ambiental e de Segurança Pública.

   “É um combo explosivo: virose em surto e arrastões. É o ‘apagão’ do nosso litoral. Dias atrás, turistas ainda foram assaltados e baleados no Guarujá. Um, infelizmente morreu. O Estado precisa intervir, nas áreas Ambiental, Sanitária e na Segurança Pública. Senão, o verão, um dos períodos mais fortes para o Turismo, será catastrófico para o setor. Essas ocorrências, afinal, afastam o turista. Sem contar que, muitos hotéis, restaurantes e bares do litoral dependem da alta temporada para sair do vermelho e compensar o baixo fluxo ao longo do ano”, alerta Édson Pinto, diretor-executivo da Federação.

By Riselda Morais

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