Um estudo recém publicado (2020), realizado nos Estados Unidos, aponta que a cirurgia robótica é mais econômica se comparada a cirurgia convencional (cirurgia aberta), levando em consideração o tempo de internação e os custos hospitalares dedicados ao paciente operado.
De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo, especialista em cirurgia robótica, Alexander Morrell, o senso comum apontaria o contrário. “Os materiais utilizados durante a operação por robótica são mais modernos e mais caros. O que explica a diferença, de acordo com o estudo, é o menor tempo de internação e baixa taxa de complicações. A informação é muito relevante, considerando que os pacientes operados com robô eram os principais portadores de doenças”.
A técnica minimamente invasiva traz mais segurança e conforto ao paciente e ao cirurgião. “Com a robótica o procedimento pode ser feito da forma mais delicada possível, com menores incisões, menor dor pós-operatória, breve recuperação e retorno mais rápido à rotina”, explica.
A tecnologia é capaz de aumentar a precisão e a visão do cirurgião. No entanto, é necessário que expertise com a técnica para indicar o procedimento ao paciente.
“É indicada em todo procedimento que se possa fazer através de cirurgia minimamente invasiva – semelhante a videolaparoscopia – com as vantagens da precisão”, completa.
O estudo envolveu 15,8 mil pacientes operados com a assistência do robô nas mais diversas áreas cirúrgicas; como remoção dos rins (nefrectomia), cirurgia para câncer de próstata, remoção do útero (histerectomia), remoção do colo do útero (colectomia) e apontou que tanto as despesas pessoais quanto os desembolsos dos pagadores foi menor na técnica minimamente invasiva robótica.
COMO É FEITA A CIRURGIA ROBÓTICA?
Existem dois componentes: o console de controle onde o cirurgião atua e uma unidade de braços robóticos que seguram os instrumentos cirúrgicos capazes de dissecar e suturar os tecidos sob o comando minucioso e preciso do cirurgião. Eles sim atuam diretamente no paciente.
O cirurgião tem acesso a um visor para examinar as imagens em 3D enviadas pela câmera de dentro do paciente, que mostram o local da cirurgia e os instrumentos, que são manipulados em tempo real pelo cirurgião.