Praticamente tudo o que pode ser consumido torna-se lixo: embalagens de produtos, cascas de frutas, restos de comida e folhas usadas de caderno, dentre outros exemplos. Afinal, a cidade de São Paulo produz cerca de 12 mil toneladas de resíduos sólidos por dia, que precisam ser coletadas, tratadas e direcionadas ao local correto de descarte.
“Há uma logística complexa, que envolve planejamento, com tipos diferentes de coletas, horários e regiões atendidas. Contamos com mais de dois mil colaboradores para assegurar o destino correto de todo material coletado. Por isso, reforçamos sempre com a população a importância de destinar o resíduo no dia e horário indicado no nosso site,” comenta Francisco de Andrea Vianna, responsável pelo Planejamento e Controle Operacional da Loga.
A empresa é responsável pela coleta, tratamento e destinação dos resíduos provenientes das 13 subprefeituras da Região Noroeste da cidade de São Paulo. Todos os dias, por 24 horas, suas equipes percorrem 23 mil ruas, coletando cerca de seis mil toneladas de resíduos.
O caminho do lixo
Após o caminhão passar pelas ruas coletando os sacos plásticos, há duas opções para o destino dos resíduos. De acordo com a região da coleta, o material é encaminhado para a Estação de Transbordo da Ponte Pequena para depois ser direcionado ao aterro sanitário; no outro caso, a logística empregada é direcionar os resíduos coletados das ruas diretamente ao aterro sanitário.
Lá, o resíduo é descarregado em locais devidamente tratados e preparados com impermeabilização e drenagem de gases e líquidos. Há camadas de terra e resíduos sólidos. Ao término de sua vida útil, esta compactação é coberta com geomembrana (geossintético que consiste em uma manta de liga plástica, elástica e flexível) ou então o solo é compactado e gramado.
No aterro, durante o processo de condensação dos resíduos, um líquido chamado chorume é gerado. Após ser tratado corretamente, pode ser utilizado como água de reúso.
Reciclar é preciso
De todo lixo produzido na cidade de São Paulo, 40% poderiam ser reciclados, mas, atualmente, apenas 7% passam por esse processo.
No caso da coleta seletiva, o primeiro ponto é a coleta de materiais recicláveis, como papéis, plásticos, vidros e metais. Isso ocorre de três maneiras: porta a porta (em comércios, residências e indústrias), contêineres (instalados em condomínios ou comércios) e em Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), distribuídos em diversos bairros de São Paulo.
A segunda parada neste trajeto é na Central Mecanizada de Triagem, onde os materiais são separados por categorias: papel, metal, vidro e plástico. Esses resíduos recicláveis também pode ser encaminhados às cooperativas cadastradas na Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb). “Isso gera emprego a mais de mil pessoas somente na cidade de São Paulo, além do ganho imensurável ao meio ambiente”, explica Francisco. Após a triagem, as cooperativas comercializam os materiais para que estes voltem ao processo produtivo, em forma de matéria-prima.
Descarte corretamente os seus resíduos
É importante ressaltar que materiais cortantes, como vidros e louças quebradas, devem ser embrulhados em um papelão ou folhas de jornal. Isso faz com que o coletor tenha mais segurança e não se machuque durante o recolhimento do lixo.
Serviços
Consulta de coletas em sua rua: http://www.loga.com.br/content.asp?CP=LOGA&PG=LG_C02
Cooperativas cadastradas: http://www.capital.sp.gov.br/cidadao/rua-e-bairro/lixo/empresas-cadastradas
Ecopontos: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/noticias/index.php?p=250404