Estelionatários virtuais aplicam o “Golpe do Amor” através das redes sociais e aplicativos de namoro.
Golpe do amor, golpe do “eu te amo”, namoro virtual!
Nesta terça-feira (15), a Polícia Civil deflagrou em todo o Estado de São Paulo e em mais seis Estados brasileiros a Operação “Anteros”.
A ação conseguiu desarticular uma Organização Criminosa que aplicou golpes emocionais e financeiros em suas vítimas, encontradas através de redes sociais e aplicativos de namoro. De acordo com informações da Polícia Civil, a quadrilha extorquiu mais de R$ 24 milhões das vítimas.
Conforme divulgação da SSP/SP , dos 115 criminosos presos, 110 estavam aqui na capital paulista e na região metropolitana de São Paulo.
No entanto, os outros 5 criminosos estavam nos estados da Bahia (BA), Paraná (PR), Roraima (RR), Ceará (CE) e Santa Catarina (SC).
Com o mesmo propósito, a Polícia Civil cumpriu 20 mandados de busca e apreensão e obtiveram como resultado, 12 veículos e R$ 2 milhões apreendidos.
Como resultado da ação, a Civil registrou também, um flagrante por tráfico de entorpecentes, no qual foram recolhidos, 11,5 quilos de cocaína e bloqueio de R$ 5 milhões em bens, imóveis e contas bancárias.
Como age o estelionatário virtual do Golpe do amor
Através dos falsos perfis, o criminoso ou criminosa, inicia amizades com vítimas em potencial, conquistam a confiança, a envolvem emocionalmente.
Uma vez que a vítima tem suas emoções envolvidas, os estelionatários pedem para enviar fotos ou vídeos íntimos e posteriormente vem a extorsão financeira.
As investigações e a Operação da Polícia Civil
De acordo com informações da SSP/SP a duração das investigações foi de um ano e, nesse interim, os criminosos se utilizaram de perfis falsos nas redes sociais e aplicativos de namoro.
A Polícia Civil identificou 437 vítimas dos golpistas. O prejuízo foi de mais de R$ 24 milhões.
Mas estima-se que os criminosos tenham feito mais de duas mil vítimas nos outros Estados, que resultaram em uma movimentação financeira de quase R$ 250 milhões.
Ainda de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a operação “Anteros” teve origem na Operação “Voo do Ícaro”, em 2019.
Na ocasião, a Civil investigou quadrilhas que entregavam materiais em presídios, com a utilização de drones. A análise do celular de um preso revela os crimes de extorsão, estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e a grande movimentação bancária.
A operação contou com 820 agentes.
Os trabalhos foram coordenados pelo DEIC – Divisão Especializada de Investigações Criminais de Presidente Prudente e pelo DEINTER8 – Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo interior 8. Contou com o apoio do DOPE – Departamento de Operações Policiais Estratégicas e demais departamentos da Polícia Civil de São Paulo e dos Estados do Paraná, Minas Gerais, Bahia, Roraima, Ceará e Santa Catarina.
Com informações da Policia Civil e da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.