Novas fontes de energia: como identificar as necessidades da empresa para a adoção da energia adequada?

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        Com o anúncio nas últimas semanas da alta nas contas de luz, muitos empresários estão avaliando adotar novas fontes de energia, optando por instalação de painéis fotovoltaicos na empresa, por exemplo, com o intuito de reduzir o valor da conta de luz. Hoje, a matriz energética do país é 62% dependente de hidrelétrica, 11% eólica e 2,5% solar.

    O fato é, independente da energia adotada pelo consumidor, depende-se única e exclusivamente do clima para seu uso, seja chuva, vento ou sol. Para o CEO da HomeCarbon Energy Solutions e mentor do projeto Energia das Coisas, Rodrigo Lagreca, todas as soluções disponíveis no mercado hoje são benéficas, no entanto, precisa estudar e avaliar, para aquele cliente em específico, o uso e a melhor forma disponível no mercado. “Antes de investir e painéis, ou outra forma de energia renovável, a empresa precisa entender o uso da energia no estabelecimento, verificando suas principais necessidades e demandas, avaliando a partir daí o caminho a ser adotado”, explica.

“Dependemos da incidência solar para realmente termos um benefício direto com o os painéis fotovoltaicos, bem como de vento para gerarmos energia por meio eólico. É de conhecimento de todos, que as cidades brasileiras apresentam climas totalmente diferentes, algumas com incidência solar menor do que a média, e com isso a microgeração energética se torna aquém do esperado, frustrando suas expectativas”, avalia.

   Umas das formas de entender as principais necessidades da empresa está na adoção de um monitoramento energético, onde a empresa passa a receber, por meio de um aplicativo, um relatório do gasto por equipamento, podendo a partir de então, planejar e usar a energia com responsabilidade. O uso correto da energia elétrica, ou seja, de forma inteligente e eficiente, além do seu tratamento e controle podem influenciar num melhor aproveitamento das instalações comerciais e industriais, nos equipamentos elétricos e com o controle do consumo, consequentemente no aumento da produtividade. Uma das soluções disponíveis no mercado vem da startup Energia das Coisas (EdC), spin-off da HomeCarbon Energy Solutions. O EdC vem sendo desenvolvido desde 2017, quando o sistema de monitoramento foi instalado em fase de pré-testes em mais de 50 domicílios distribuídos em 06 concessionárias pelas cinco regiões do país.

“É uma ferramenta que possibilita o engajamento do consumidor, pois a cada ato que o usuário faz, como por exemplo ligar o ar-condicionado, o monitor acusa esse aumento de carga. Essa resposta rápida que o equipamento proporciona permite o envolvimento e o entendimento que os impactos que isso causa, gerando assim o consumo consciente e o menor desperdício de energia elétrica”, explica.

“Mesmo não havendo medidas de racionamento de energia elétrica pelo Ministério de Minas e Energia, precisaremos estabelecer novos padrões e principalmente passar a gerir e controlar o consumo de energia, algo que já é prioritário nas grandes empresas do país e que deverá assumir um papel importante nas pequenas e médias empresas, e influenciando o consumidor residencial”, afirma Rodrigo.

 

   Lagreca enfatiza que, mesmo antes de adotar qualquer mudança na empresa, no intuito de reduzir a conta de luz, o empresário deve conhecer minuciosamente seu gasto e como é o uso da energia dentro da sua empresa. “A população e o mercado precisam entender que, a energia, antes vista como intangível e invisível, passa a ser agora visualizada, rastreada e controlada. A conta de luz irá aumentar e junto com ela os custos das empresas, ameaçando a competitividade no mercado”, pontua. “. “Há caminhos para mitigar esses riscos e quem primeiro se movimentar, terá vantagem nessa disputa”, finaliza.

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By Riselda Morais

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