Riselda Morais
Durante a pandemia de COVID-19, no dia em que o Brasil registrou 30.425 casos confirmados de Coronavírus e 1.924 óbitos por COVID-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitiu o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS).
A discórdia na relação entre Bolsonaro e Mandetta já se fazia pública, há mais de 30 dias, enquanto os dois divergiam em suas visões; enquanto médico e Ministro da Saúde Mandetta sempre recomendou o isolamento social, sempre tratou bem a imprensa e sempre fez questão de dizer que age pela ciência e pela saúde do Brasil, já Bolsonaro sempre fez questão de querer o comércio aberto e o povo nas ruas, publicando sua posição todos os dias nas redes sociais.
Mandetta já havia falado que era claro o “descompasso” entre ele e Bolsonaro e que a população ficava sem saber quem ouvir, ao Ministro da Saúde ou ao Presidente”. Bolsonaro sempre defendeu o que chama de “isolamento vertical”, para ele, significa isolar apenas o grupo de risco, idosos e pessoas com doenças crônicas e demonstra como preocupação maior a economia, cuja queda ele considera mais grave que as mortes por coronavírus.
A demissão do Mandetta foi comunicada em breve reunião entre os dois no Palácio do Planalto.
Mandetta sai do cargo com 76% de aprovação. Logo após a demissão publicou na rede social.
Com o profissionalismo de sempre, Mandetta declarou em coletiva que “a equipe montada por ele e empossada em 2019 trabalhará em conjunto e ajudará na transição para evitar uma ruptura na política de combate a disseminação da COVID-19.E durante sua última coletiva enfatizou: “A ciência é a luz”.
Jair Bolsonaro nomeou para Ministro da Saúde o também médico oncologista Nelson Luiz Sperle Teich.