Participam do debate a líder comunitária da zona Leste de São Paulo, Marcela Ferreira, representando a organizção internacional TETO; a pedagoga, doutora e mestre em Educação Karine dos Santos, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e pela Polo Cultural, estão o gestor Marcelo Sollero e a hoje empoderada poeta e professora Carolina Peixoto, artista do Slam das Minas-SP.
O acesso à educação e a conseqüente inclusão social são assuntos cada vez mais urgentes, principalmente para as famílias que vivem nas comunidades mais precárias do Brasil.
Para falar sobre a urgência da questão, as organizações sociais TETO e Polo Cultural firmam parceria para realizar a videoconferência ou webinar Educação Popular nas Favelas.
O evento será realizado no dia 27 de agosto, às 19 horas, através do canal da plataforma digital no Youtube https://www.youtube.com/user/canalTETO.
Para participar da discussão sobre acesso a educação e inclusão social, foram convidados Marcela Ferreira, líder comunitária da Bemfica; Karine dos Santos, doutora em pedagogia, com ênfase em Educação Popular; e, representando a Polo Cultural, o gestor Marcelo Sollero e a poeta Carolina Peixoto, do Slam das Minas – SP.
A mediação é de Thalita Verniz, voluntária da TETO.
Há mais de 10 anos a TETO se dedica a projetos que visam a superação da pobreza nos locais mais precários do Brasil, e a Polo Cultural foca seu trabalho em arte e educação em comunidades há 22 .
A proposta é debater a circularidade do conhecimento, a troca de saberes, a inclusão social e o empoderamento, entre outros assuntos, ligados à Educação Popular, movimento pedagógico criado no Chile que teve no educador Paulo Freire (1921-1997) um de seus maiores incentivadores no Brasil.
Embora o movimento tenha surgido antes, ganhou força nos anos 60, no contexto de resistência às ditaduras militares latino-americanas.
Estimuladora de transformações sociais e orientada por anseios humanos de liberdade, justiça e igualdade, a Educação Popular defende que só pode haver uma sociedade justa e democrática se as classes oprimidas e discriminadas tomarem consciência de suas condições de vida e das raízes dos problemas que as afetam. Assim, por meio da Educação, seria possível conceber estratégias para concretizar transformações sociais a favor dos setores populares.
Sobre as organizações
A TETO é uma organização internacional que nasceu no Chile e atua em 19 países da América Latina e cnta com dois escritórios nos Estados Unidos. No Brasil está desde 2007 e atualmente está presente nos estados de São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
O objetivo é buscar superar a pobreza em que vivem milhões de pessoas nas comunidades precárias, por meio do engajamento comunitário e da mobilização de jovens voluntários e voluntárias.
A Polo Cultural é uma organização social sem fins lucrativos que trabalha há 22 anos para abrir espaço e construir parcerias com artistas locais, pessoas das comunidades periféricas, para aplacar ao máximo o impacto na sociedade e promover inclusão social e empoderamento.
Nas atividades educacionais, já atendeu a mais de 10 mil crianças e jovens nas áreas de música, dança, teatro e artes plásticas, totalizando mais de 60 mil horas de atividades em 26 escolas da rede pública de São Paulo. O Polo foi fundado em 1998 e tem sede na cidade de São Paulo.
Sobre os participantes
Karine Santos
Professora Adjunta da área de Educação Social da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS. Pedagoga, Doutora e Mestre em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos/UNISINOS.
Coordenadora do Grupo de Extensão e Pesquisa, Coletivo de Educação Popular e Pedagogia Social (CEPOPES/CNPq). Diretora do Centro Interdisciplinar de Educação Social e Socioeducação/CIESS/FACED/UFRGS.
Marcelo Sollero
À frente da Polo Cultural, é engenheiro de formação e atua na área cultural ha 13 anos e produzindo mais de 400 projetos para o mercado cultural das cidades de São Paulo, Rio de Janerio, Brasília e Curitiba.
Trabalha a captação e gerenciamento de recursos públicos incentivados para a realização de projetos culturais. Gestor de convênios dentro do Marco Regulatório de Organizações Sociais e legislações Anteriores.
Especializou-se em relacionamento institucional com o poder público em cidades até 200 mil habitantes no Interior de SP. Desenvolve projetos para captação de recurso que propiciaram alavancar a captação de recurso e ajudar na saúde financeira das associações.
Marcela Ferreira.
Líder comunitária, é moradora há 7 anos da comunidade Bemfica, em Guaianases, zona leste de são Paulo e tem 3 filhos: Estefani de 8 anos, Ingrid de 13 anos e Gustavo de 17 anos.
Na comunidade, ajuda na parte social com a organização e arrecadação de doações de roupa, alimentos, materiais de construção e móveis e atua até mesmo como ouvinte dos problemas diários que muitas famílias enfrentam.
Sempre tenta ajudar as famílias necessitadas que a procuram e trabalha junto à TETO há quase um ano e meio.
Carolina Peixoto
Poeta, pedagoga e produtora. Integra o Slam das Minas – SP, batalha de poesias destinada ao gênero feminino, que surgiu em março de 2016, como um braço do movimento que nasceu em Brasília. Atua no segmento cultural desde 2009, trabalhando com elaboração e formatação de projetos culturais em diversas vertentes, também responsável pela editoração de livros, criação de projetos gráficos, diagramação e publicação. Escreveu as publcações Mwexe a Mão (2018), DezLuas (2017) e Bola, Lápis e Papel (2013).
Thalita Verniz (mediadora)
Voluntária da Teto, atuando na área de Formação e Voluntariado. Professora de Português, formada em Letras pela Unesp de Araraquara, e estudante de Pedagogia na mesma faculdade.
