Governo quer liberar comercialização do botijão de gás parcialmente cheio

Melhores serviços e melhores preços, beneficiando as indústrias e os consumidores é o objetivo do programa Novo Mercado de Gás, a ser implementado

     Por: Riselda Morais

     O Governo Federal quer liberar a comercialização do botijão do GLP – Gás Liquefeito de Petróleo, o gás de cozinha, parcialmente cheio.
      Hoje o consumidor leva o botijão de gás de 13 kg em uma distribuidora autorizada da mesma bandeira e pega outro cheio ao preço de R$ 70,00. Mesmo variando para mais ou para menos dependendo da região, é um preço alto para as pessoas de baixa renda.
    Com a mudança nas regras, o consumidor poderá levar seu botijão e encher parcialmente em qualquer distribuidora de qualquer bandeira.
    O Governo quer que o consumidor tenha no envasamento do gás de cozinha, o mesmo benefício que tem ao abastecer o carro. Poder encostar em qualquer posto, de qualquer bandeira e abastecer a quantidade necessária, aproveitando o combustível que ainda existe no tanque.
    No caso do gás de cozinha, nas regras atuais, o consumidor perde o gás residual, a porção que ficou no fundo do botijão, ao comprar outro botijão cheio.
    O governo pretende implementar a medida dentro da política de abertura do mercado de gás natural já nos próximos meses.
     As medidas previstas no programa objetivam beneficiar a população, mas também a indústria e o país.

      A informação foi dada no lançamento do programa Novo Mercado de Gás, nesta terça-feira (23) no Palácio do Planalto pelo diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Odoni que enfatizou: “A regulação atual está repleta de proibições e restrições, especialmente para o gás de cozinha. Aumentar oferta e dar transparência aos preços não basta”.
     Segundo Odoni, os botijões vendidos, em média, a R$ 70, tem o custo do produto de R$ 26; tributos estaduais representam R$ 10, e federais, R$ 2.

    O objetivo do programa é promover um mercado de gás natural que favoreça a competição, os investimentos nacionais e estrangeiros e a redução dos preços da energia para beneficiar diretamente a população.

     Para o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque haverá, com a implementação do programa Novo Mercado de Gás, melhores serviços e melhores preços.
“Isso aí vai chegar na conta de luz, na aquisição do botijão de gás, esses preços vão cair fruto da concorrência. Então, vai chegar lá na hora de pagar a conta, na hora de reencher um botijão de gás”, disse Bento Albuquerque.
O ministro acredita ainda que “O Brasil, até 2030, será um dos cinco maiores produtores de gás natural do mundo”.

O programa Novo Mercado de Gás possui quatro pilares: promoção da concorrência, estimular a integração do gás natural com os setores elétrico e industrial, harmonização das regulações estaduais e federal e remoção de barreiras tarifárias. Com informações do Planalto.

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