Riselda Morais

  O Governador João Doria prorrogou a quarentena por mais 15 dias, a contar de próxima quarta-feira (08) até 22 de abril. A medida não sofreu flexibilização, e segundo projeção, tem o objetivo de evitar 166 mil mortes por coronavírus, nos 645 municípios do Estado de São Paulo. 

   A decisão de prolongar o distanciamento social foi tomada, depois que o governador participou de uma reunião, com 15 médicos do Centro de Contingência do coronavírus e constataram que o COVID-19 já atinge 100 cidades paulistas e mais de 400 hospitais públicos e privados.

     Entre os dias 17 de março e 5 de abril o COVID-19 provocou quase o mesmo número de mortes por gripe registrados durante todo o ano de 2019. O número de mortes por coronavírus, entre os dias 20 de março e 03 de abril, subiram 180% e as internações de casos de coronavírus em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) cresceram 1500% na mesma semana.

   Ao anunciar a prorrogação da quarentena, o governador lembrou que as razões da quarentena já foram largamente expostas por cientistas, médicos e especialistas e acrescentou: “Prefeitas e prefeitos terão o dever e a obrigação de seguir a orientação do Governo do Estado”, e foi enfático ao deliberar “Nenhuma aglomeração de nenhuma espécie em nenhuma cidade de São Paulo será admitida. As Guardas Municipais ou Metropolitanas deverão agir e, se necessário, recorrer a Polícia Militar para que imediatamente possa haver a dissipação de qualquer movimento ou aglomeração de pessoas. Esta é uma deliberação que deverá ser rigorosamente seguida pela população do Estado de São Paulo na defesa de suas vidas e de seus familiares”, afirmou Doria.

   Segundo projeção do Instituto Butantan, centro de pesquisas biomédicas vinculado a Secretaria Estadual de Saúde, a prorrogação da quarentena pode evitar 166 mil mortes por coronavírus, 630 mil hospitalizações e 168 mil internações em UTIs.

     Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, de 21 de janeiro até hoje, 06 de abril, o estado de São Paulo teve 4.866 casos confirmados de coronavírus e 304 mortes por COVID-19. Somente hoje, forma confirmadas 29 mortes por coronavírus aqui em São Paulo.

Por faixa etária, o maior número de mortes, 230 são pessoas com mais de 60 anos; entre 40 e 59 anos morreram 21 pessoas; entre 20 e 39 anos morreram 5 pessoas e com menos de 19 anos 1 óbito.

   Por tipo de comorbidade, 173 pessoas tinham cardiopatia (56,9%); 122 pessoas eram diabéticas (40,1%); 36 pessoas tinham pneumopatia (11,8%); 31 pessoas tinham doença neurológica (10,2%); 21 pessoas tinham imunodepressão (6,9%); 8 pessoas tinham asma (2,6%) e 6 pessoas tinham doença hematológica (2%).

     Os 304 óbitos estão nos seguintes municípios do Estado de São Paulo: Americana (2), Arujá (1), Barueri (1), Bauru (1), Caieiras (4), Campinas (4), Carapicuíba (1), Cotia (3), Cravinhos (1), Diadema (1), Dracena (1), Embu das Artes (1), Francisco Morato (1), Franco da Rocha (1), Guarulhos (6), Itapecerica da Serra (1), Itapeva (1), Jaboticabal (1), Mairiporã (2), Mogi das Cruzes (1), Nova Odessa (1), Osasco (3), Penápolis (1), Presidente Venceslau (1), Ribeirão Preto (1), Santo André (3), Santos (2), São Bernardo do Campo (5), São Caetano do Sul (1), São Paulo (244), São Sebastião (1), Sorocaba (2), Taboão da Serra (3) e Vargem Grande Paulista (1).

   Segundo a determinação todo o comércio deve seguir fechado, mantendo-se abertos apenas os serviços essenciais.

Podem funcionar durante a quarentena:

  • Hospitais, clínicas e clínicas odontológicas;
  • Farmácias;
  • Petshops;
  • Supermercados, mercados e mercearias
  • Padarias;
  • Deliverys e drive thru de bares, cafés e restaurantes;
  • Transporte Público;
  • Transportadoras e armazéns;
  • Postos de combustível;
  • Bancas de jornais;
  • Empresas Jornalísticas;
  • Táxis e aplicativos de transporte;
  • Limpeza Pública.
  • Indústrias;
  • Bancos;
  • Lotéricas;

    Devem continuar fechados durante a quarentena:

  • Comércios e lojas;
  • Academias;
  • Salões de beleza;
  • Shoppings;
  • Bares;
  • Restaurantes;
  • Café;
  • Casas noturnas;
  • Galerias;
  • Escolas públicas e privadas;
  • Espaços para festas, eventos e shows.

 

By Riselda Morais

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