Falta de atividade física na quarentena pode resultar em mais 1,7 milhão de mortes

Riselda Morais

falta de atividade física

Falta de atividade física durante a pandemia pode gerar um aumento anual de mais 11,1 milhões de novos casos de diabetes tipo 2 e resultar em mais 1,7 milhão de mortes. É urgente recomendar atividade física durante a pandemia, alertam cientistas da UNESP.

  Durante o isolamento social devido a pandemia de coronavírus, a população reduziu o tempo de atividade física e adotou comportamentos negativos, de acordo com levantamento feito pelos pesquisadores da UNESP – Universidade Estadual de São Paulo, campus Bauru e publicado na revista Frontiers in Endocrinology.

Conforme dados da pesquisa houve uma redução de:

  • 33,5% na atividade física;
  • 28,6% no comportamento sedentário, o correspondente a 3h10 minutos sentado, deitado e consumindo alimentos não saudáveis.
    Os pesquisadores alertam que esses comportamentos podem trazer implicações clínicas importantes para essas pessoas.

Enfim, os pesquisadores estimam que a redução na atividade física pode aumentar os casos de diabetes tipo 2 em 11,1 milhões de casos por ano. Passando de 7,2% para 9,6%. 

   Estimam também que o número de óbitos por todas as causas pode aumentar em 1,7 milhões por ano, aumentando de 9,4% para 12,5% no mundo.

   Conforme alertam os cientistas, poucas semanas de redução na atividade física pode ter efeitos prejudiciais no controle glicêmico, composição corporal, citocinas inflamatórias; pressão arterial, função vascular, entre outros.

    A atividade física é muito importante para prevenir e tratar diabetes e outras doenças, afirmam.

“Exercícios domésticos são úteis e eficazes para o manejo do diabetes e podem ser amplamente utilizados durante o surto de COVID-19”, dizem os pesquisadores.

Ainda alertam que: “Há a necessidade urgente de recomendar o exercício físico, durante e além do surto da COVID-19”.

Atividades em casa

atividade física A Organização Mundial da Saúde recomenda que os adultos entre 18 e 64 anos devem praticar no mínimo 150 minutos de exercício aeróbico moderado ou 75 minutos de exercício de alta intensidade por semana.

   De acordo com a OMS, são pessoas sedentárias aquelas que passam mais tempo sentada ou deitada. Por isso, os pesquisadores recomendam que “quem trabalha muitas horas em frente ao computador, levante-se a cada meia hora e realize alguma atividade leve, de dois a cinco minutos como andar pela casa ou trabalho ou subir e descer escadas.

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