Ota faleceu aos 63 anos, vítima de um câncer com metástase no pulmão e nos ossos
O ex-vereador de São Paulo, Massataka Ota, 63 anos, faleceu na noite desta quarta-feira (24), por volta das 21 horas, vítima de um câncer contra o qual vinha lutando há alguns meses.
De acordo com informações, ele estava internado no Hospital Sírio Libanês, na região central de São Paulo.
Massataka era casado com a Deputada Federal Keiko Ota (PSB).
No entanto, o casal tornou-se conhecido com a tragédia nacionalmente conhecida, o sequestro e assassinato do filho do casal, Ives Yoshiaki Ota na Zona Leste da cidade em 1997.
Entre as causas pelas quais o vereador lutou foi o endurecimento das leis para crimes hediondos no Brasil e sempre teve como bandeira a foto e história de seu filho, vítima de sequestro aos oito anos de idade.
Biografia
Massataka Ota nasceu em 1956, em Tomigusuku, Okinawa. Chegou ao Brasil com a família quando tinha apenas um ano de idade, era naturalizado brasileiro.
Morador de Vila Carrão e comerciante na Zona Leste da capital paulista. Casado há 30 anos com Keiko com quem teve três filhos: Vanessa, Ives e Ises.
Ota coordenou, desde 1997, o Movimento “Paz e Justiça Ives Ota” que tem por objetivo lutar por justiça, paz e direitos humanos para todas as pessoas, especialmente às vítimas de violência.
Organizador do abaixo-assinado, com cerca de cerca de três milhões de assinaturas no Brasil e no exterior, contrário a proposta de redução de pena para crimes hediondos de 30 para 15 anos.
O documento foi entregue em 1999, ao Congresso Nacional.
“Ao proteger nossas crianças contra os males da violência e, ao mesmo tempo, proporcionar condições para uma vida digna e saudável, construiremos uma sociedade, uma São Paulo mais justa e menos violenta. De forma que possamos viver em total harmonia”, afirmava Massataka Ota.