9 jan 2025, qui

Dois anos das invasões: 21 obras de arte retornam ao Palácio, que recebeu abraço de representantes dos Três Poderes e autoridades

O presidente Lula durante evento de exaltação da democracia no Planalto. Fotos: Ricardo Stuckert/PR

    “Se hoje estamos aqui para renovar nossa fé no diálogo entre os opostos, na harmonia entre os Três Poderes e no cumprimento da Constituição, é porque a democracia venceu”, afirmou o Presidente Lula durante evento de exaltação da democracia, nesta quarta-feira, 8 de janeiro.
Lula enfatizou que é preciso lembrar, para que ninguém esqueça os ataques ao Planalto, Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal para que nunca mais aconteça.

    O evento reuniu representantes da cúpula dos Três Poderes, governadores, ministros, parlamentares e representantes de movimentos sociais no Planalto que, recebeu de volta, 21 obras de arte restauradas e um abraço envolvendo o nome democracia feito com flores.

   Entre as obras de arte reintegradas ao Palácio, pinturas, esculturas, relógio e ânfora, está o quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti. Com 3,43 metros de largura e 1,12m de altura, a pintura de Di Cavalcanti sofreu violentas facadas, e assim como as outras obras foi danificada por vândalos antidemocráticos no ataque de 8 de janeiro de 2023.
“Democracia para poucos não é plena. Por isso, a democracia será sempre uma obra em construção. Seremos intransigentes na defesa da democracia e renovaremos sempre nossa fé inabalável no diálogo, na união, na paz e no amor ao próximo”, pontuou Lula.

Fotos: Ricardo Stuckert/PR

    O Ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, representando o presidente da Corte, em discurso reiterou: “Precisamos lembrar do que aconteceu para que não se repita, para que as novas gerações não esqueçam das dores de uma ditadura e dos males que o autoritarismo traz”.

    Discursos semelhantes, fizeram o senador Veneziano Vital do Rêgo representando o presidente do Senado que afirmou: “Essa realidade precisa ser contada, reavivada às mentes, principalmente daqueles que ainda ousam dizer que prefeririam os arbítrios a conviver com democracia. Precisamos demonstrar que viver com liberdade de imprensa e conviver com a contestação é muito melhor do que sob o manto de quaisquer ditaduras”. E a deputada federal Maria do Rosário, que representando Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados afirmou: “Nós, no âmbito dos nossos poderes, que vivem sempre contradições pela pluralidade que os caracteriza no ambiente democrático, não podemos ser tolerantes com intolerantes. Não podemos homenagear o fascismo, o ódio político. Precisamos aprender com a história”.

    Tão forte quanto, em defesa da Democracia foi o discurso do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski: “Esse conceito evoluiu, mas sempre manteve a essência: a participação ativa do povo na gestão da coisa pública. Cada ameaça contra o regime democrático deve ser um lembrete do valor inestimável do que ele representa e da importância da luta cotidiana de todos nós para a sua preservação”, observou Lewandowski.

By Riselda Morais

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