Exibição de pulmão inflável de oito metros de altura faz parte da Campanha RespirAção, que visa conscientizar a população sobre os impactos da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI)
O Parque Ibirapuera é palco do encerramento da Campanha RespirAção (www.campanharespiracao.com.br), hoje (dia 24) e amanhã (25 de outubro), datas em que um dos principais cartões portais da cidade recebe o pulmão inflável gigante, de oito metros de altura, com o objetivo de ilustrar e chamar atenção para o fato de que sentir falta de ar não é normal. O espaço contou, nesta quinta (24/10), com a distribuição de folders com as principais informações da iniciativa, além de bicicletas estacionárias, conectadas a um gerador, nas quais os participantes poderão pedalar e, ao mesmo tempo, colaborar, simbolicamente, “doando ar” para manter o “super” pulmão cheio, que permanecerá iluminado durante os dois dias de exposição (24 e 25/10).
O projeto itinerante começou nos dias 14 e 15 de setembro, na capital paulista, onde cerca de 2.500 pessoas “doaram” mais de 38 mil litros de ar pedalando nas bicicletas estacionárias instaladas no Parque Ibirapuera. A segunda parada da ação ocorreu dias 12 e 13 de outubro, em Porto Alegre (RS), e contou com a interação de aproximadamente 800 pessoas, que “contribuíram”, via pedalada, com 35.580 mil litros de ar. A expectativa é de que a meta estimada – de 80 mil litros de ar ao longo das três etapas – seja superada, com folga, chegando aos três dígitos ao término da ação no Ibirapuera.
O principal objetivo da Campanha RespirAção é reforçar que falta de ar não é normal, além de aumentar a conscientização sobre as doenças respiratórias e a busca pelo diagnóstico preciso e de preferência precoce. A falta de ar constitui um dos principais sintomas associados a doenças respiratórias crônicas como a Doença Pulmonar Respiratória Crônica – DPOC (popularmente conhecida como enfisema pulmonar ou bronquite crônica), que possui alta prevalência na população brasileira, e a Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI), uma doença considerada rara que acomete principalmente pacientes acima de 60 anos.
Como esses cenários crônicos geram um impacto negativo não apenas para os acometidos, mas também a seus familiares, cuidadores e aos cofres públicos, é muito importante alertar para sintomas como falta de ar e/ou tosse crônica, condições que exigem investigação de um médico pneumologista para diagnóstico e tratamento precoces.
Campanha RespirAção
Iniciativa da Boehringer Ingelheim, a campanha conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT) e da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do RS (SPTRS), além da Casa Hunter, Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas (ABRAF), Associação Crônicos do Dia-a-Dia (CDD), Rappi® e Muitos Somos Raros.
A iniciativa reúne três elementos essenciais que estão em evidência na rotina de muitos brasileiros: atividade física, tecnologia e mobilidade. Por meio dessas ações, que também serão ampliadas para as plataformas digitais, o objetivo é aumentar a visibilidade e o engajamento, e mostrar ao grande público o quão impactante são estas duas doenças pulmonares respiratórias: a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), e a Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI), que exigem diagnóstico e tratamento precoces, possibilitando um controle eficaz da progressão destas doenças e uma melhora da qualidade de vida destes pacientes.
Sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
Causada principalmente pelo tabagismo, inclusive em fumantes passivos, a DPOC é uma doença de grande incidência que diminui o fluxo de ar dos pulmões, podendo dificultar as atividades mais básicas no dia a dia do paciente, como tomar banho, comer, subir escadas ou caminhar curtas distâncias. Os principais sintomas são falta de ar e tosse produtiva (com secreção e ou catarro). A DPOC atinge cerca de 14,9% da população brasileira com idade superior a 40 anos. E mesmo sendo a terceira principal causa de morte no mundo, 50% dos pacientes só são diagnosticados quando a doença já se encontra em estágio moderado ou grave.
Segundo o GOLD – Iniciativa Global para Doença Pulmonar Obstrutiva –, existem cinco perguntas básicas que ajudam o profissional de saúde a identificar pacientes que podem ter a doença:
- Possui mais de 40 anos;
- Fumante ou ex-fumante;
- Tosse frequente;
- Expectoração ou “catarro” constante;
- Cansaço ou dificuldade para respirar, como subir escadas ou caminhar.
O Brasil registra, anualmente, mais de 83 mil internações por conta da DPOC, que custam aos cofres públicos aproximadamente R$ 38,7 milhões por ano². Em São Paulo, sete em cada dez pessoas acometidas pela enfermidade respiratória crônica não são diagnosticadas¹. Cerca de 15% das pessoas que já fumaram acabam desenvolvendo a doença5.
Sobre a Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI)
A Fibrose Pulmonar Idiopática, conhecida pela sigla FPI, é uma doença rara, grave e sem cura, que atinge principalmente os idosos acima de 60 anos, e que apresenta sintomas comuns a outras doenças pulmonares, o que dificulta e retarda muito o seu diagnóstico.
O número de pacientes com a condição ainda não é exato, mas estima-se que entre 14 a 437, a cada 100 mil pessoas, nos Estados Unidos, sejam acometidas pela FPI. No Brasil, estima-se de 13 a pouco mais de 18 mil casos a cada 100 mil habitantes6.
Trata-se de uma doença progressiva, ou seja, provoca gradativamente o endurecimento dos pulmões, que vão perdendo sua capacidade de expansão, prejudicando assim a capacidade respiratória do paciente. O termo “idiopática” significa que a causa da doença ainda é desconhecida, mas existem fatores que contribuem para o seu desenvolvimento, como fumar, exposição à poluição, refluxos gastroesofágicos, infecções virais de repetição e fatores genéticos.
Sintomas como falta de ar e tosse crônica seca são os primeiros a se manifestarem. Entre outros sinais estão: falta de apetite, perda de peso e coloração azulada nos lábios e nas pontas de dedos decorrente da falta de oxigênio no sangue que pode surgir com o decorrer do tempo.