Renda será revertida para escola de arte livre itinerante com atividades gratuitas em Cidade Tiradentes na Zona Leste de São Paulo
Na próxima terça-feira, 27 de agosto, será lançada na Galeria Carbono em São Paulo às 19 horas uma caixa com trabalhos inéditos de nove artistas ligados à arte contemporânea e um cientista social. São fotografias, serigrafia, gravura em metal e monotipia de Ana Prata, André Komatsu, Bruno Dunley, Ding Musa, Lucia Koch, Renata Lucas, Rodrigo Andrade, Sara Ramo e Wagner Morales e de Gustavo Vidigal, que é cientista social e faz parte do grupo.
Estarão à venda apenas 30 unidades e a renda será revertida para levantar fundos para o projeto “ali” (que significa Arte Livre Itinerante), uma escola de arte nômade que pretende passar longas temporadas em diferentes bairros de São Paulo e inicia suas atividades em Cidade Tiradentes, na Zona Leste da capital.
A iniciativa vai promover ações, cursos, produção de obras e eventos envolvendo a comunidade e os coletivos artísticos da região como o Centro Cultural Arte em Construção, Instituto du Gueto, OTM – Operação Tinta no Muro, Red7, Slam-CT e Luau Raiz-quadrado.
Após a passagem pelo leste, na cidade Tiradentes, onde deve permanecer pelo menos por dois anos, a escola deverá percorrer outras quatro regiões da cidade (Sul, Norte, Oeste e Centro), formando uma rede de criação de novas referências de apropriação sensível da realidade, que configuram os enlaces entre a arte, o território e as pessoas que o habitam, contribuindo para construção de conceitos, metodologias e práticas da arte como bem público e como um dos elementos para a efetivação de direitos plenos da cidadania.
Todas as atividades da escola serão gratuitas e foram pensadas para jovens e artistas atuantes, artistas em formação e demais interessados.
Serviço
Lançamento da caixa ali: edições em prol da ali: leste
Galeria Carbono – Rua Joaquim Antunes, 59 – Jardim Paulistano, São Paulo
Terça, 27 de agosto, às 19 horas
Entrada gratuita
Sobre a ali
A ali (Arte Livre Itinerante) articula ações, cursos e exposições a serem realizados, em longo prazo, em bairros das cinco regiões da cidade de São Paulo – Norte, Sul Leste, Oeste e Centro. Trata-se de um projeto de integração e expansão social por meio da arte, movimento de intercâmbio social e cultural através da reflexão e ação no campo da arte, criando canais comunicantes e operantes na cidade.
O que a ali propõe é algo como uma escola, se entendermos escola como lugar de trocas e aperfeiçoamento de saberes e práticas, e não uma transmissão vertical e unilateral de valores.
“Como artistas inseridos no circuito da arte contemporânea, temos experiência com as possibilidades expressivas da Arte e sua potência como meio de elaboração simbólica do mundo, sua complexidade conceitual e como ela condiz com a complexidade do mundo contemporâneo, diante do qual precisamos constantemente refletir, decifrar, reformular, e também agir”.