Aviões apreendidos do tráfico, pela Polícia Civil são usados para transporte de órgãos para transplante, unindo as Forças do Bem.
No final do mês de maio a polícia civil usou duas aeronaves apreendidas em operações contra o tráfico de drogas para transportar órgãos para transplante. Os equipamentos foram concedidos pela Justiça e auxiliaram no transplante de órgãos.
O coração, de um doador de Araçatuba, no interior de São Paulo, veio para a capital paulista. O transporte foi feito pelo helicóptero Airbus EC 130 B4, que pertencia ao traficante André do Rap, e servia ao tráfico internacional. A aeronave foi apreendida em setembro de 2019, quando André do Rap foi preso, durante operação da polícia em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
Os pulmões do mesmo doador foram transportados por um avião Caravan 208B que foi apreendido em 2018 pela Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) de Americana (SP) em outra operação de combate ao tráfico.
No início de maio, um helicóptero Esquilo AS350 B2, que também foi apreendido em uma operação contra o tráfico de drogas, foi utilizado para transportar um coração de Santos para Campinas.
Essa missão humanitária é tão frequente e importante quanto as operações da Polícia Civil, e é fundamental para o sucesso do transplante a agilidade que as aeronaves proporcionam, explica Mauricio Freire, delegado do DOPE e piloto do SAT.
O Brasil é o segundo maior do mundo em números absolutos, em transplantes de órgãos, perdendo apenas para os Estados Unidos. 95% dos transplantes são financiados pelo Sistema Único de Saúde – SUS, e vinha apresentando um crescimento contínuo da atividade até a chegada da pandemia.
Com um sistema custeado pelo governo, o Brasil está entre os países com destaque quando se trata de transplante de órgãos e o apoio aéreo, é fundamental para o sucesso da missão de salvar vidas.
Estamos preparados para todos os tipos de operações, e com as aeronaves chegamos a áreas isoladas e, em muitos casos, sua atuação é crucial para o desfecho de uma ocorrência policial ou o salvamento de uma vida, finaliza Mauricio Freire.