Riselda Morais – São Paulo – A Agência da ONU para Comércio e Desenvolvimento divulgou, nesta segunda-feira (07), um relatório sobre tecnologia, inovação e inclusão, no qual, cita o Brasil por ter potencial, por ter criado grandes grupos de desenvolvedores e programadores.
No entanto, são os Estados Unidos e a China quem concentra, 30% de publicações sobre o tema e 60% de patentes.
A secretária-geral da Unctad, Rebeca Grynspan, afirma que “é preciso estabelecer um equilíbrio que possa levar a mais inclusão dos países e populações à IA, à medida que cresce o interesse sobre a nova tecnologia”.
“O uso da inteligência artificial tem potencial para realizar avanços para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável além de melhorar a produtividade e os meios de subsistência”, diz o relatório Tecnologia e Inovação: inteligência artificial inclusiva para o desenvolvimento e alerta que: “Sem equidade, a inteligência artificial pode aumentar as desigualdades”.
O relatório aponta ainda que a IA deve gerar US$ 4,8 bilhões em 2033, um valor 25 vezes maior em apenas 10 anos. Em 2023, a IA representava 7% do mercado mundial de tecnologia de ponta, mas, segundo o relatório, em 2033 esta fatia será de 29%.
O relatório cita três pontos chaves: infraestrutura, dados e habilidades.
Segundo a Unctad, “com IA cria-se uma agricultura e redes energéticas mais inteligentes e eficientes e pode-se melhorar o planejamento urbano com cidades mais inclusivas” e explica que “como a tecnologia avança mais rápido que as mudanças nas políticas governamentais, aumenta-se também o risco de desigualdades, divisões e perdas”.
Segundo o relatório, a IA poderá afetar 40% de trabalhos em todo o mundo.